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quarta-feira, 14 de abril de 2010

A educação (e) a distância.

Estamos a viver hoje um momento único na nossa história, com o que foi apelidado de impacto Tecnológico pelos nossos governantes. Este momento é assim transformado no que se poderia chamar de Século Digital, onde somos confrontados com a constante busca de informação e construção do conhecimento. Em termos ideológicos, o país está-se a apropriar do mundo digital e a fazer da educação a distância um modo privilegiado de atender um maior número de pessoas, de uma forma menos dispendiosa. Junta-se assim o agradável ao útil. Por outro lado, as pessoas têm cada vez mais acesso ao sistema ensino-aprendizagem, não tanto pela real oferta crescente, mas também pela necessidade premente de actualização que o espaço Europeu exige. The Sound of Silence deixa de fazer sentido, analisado à luz desta interactividade.
Contudo, há uma dúvida que me surge com cada vez mais frequência: tenho feito um enorme esforço para poder acompanhar o tal dito impacto tecnológico, reconhecendo ainda por parte dos colegas/pessoas em geral o mesmo esforço em acompanhar esta evolução. E, devo dizer com bastante satisfação, que temos os nossos momentos de glória, quando sentimos que o esforço dispendido não é tão grande como a recompensa obtida pelo uso das tecnologias. Porém começo a debater-me com um problema maior: o avanço que sinto relativamente às novas tecnologias começa a ser difícil de acompanhar, uma vez que exige um dispêndio constante de tempo, que poderá/deverá ser utilizado em actividades que permitam resultados práticos em termos do processo ensino-aprendizagem. Mais, com todo este impacto nota-se que a cultura da sala de aula continua demasiado enraizada para permitir grandes alterações, mesmo a nível do corpo discente, para não falar nos encarregados de educação. Encontramo-nos por isso no fio da navalha, sem saber para que lado pender…
Haverá provavelmente novas tecnologias que ainda nem imaginamos e que exigirão novas mudanças. Na verdade, o que chamamos de Aprendizagem ao Longo da Vida é um processo continuado, obrigatório, mas porventura forçado por essa evolução, baseada num processo extremamente rápido. No decurso dessas vivências somo os actores do exercício permanente de diálogo do presente com o passado, fazendo história que terá repercussões no desconhecido futuro.

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